Seguidores

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

poema

Todo e qualquer murmúrio sublima as impressões e desatina ociosidades
configura as aversões e propõe silêncios: dando formas ao mundo
porém, todas as formas saberão ser versáteis, ainda que inutilmente
faça dos gestos humanos seu contínuo rumo das perpetuações!

Todo e qualquer murmúrio é um transcorrer que enuncia revelações
decompõe ilusões, convenciona ênfases aos acontecimentos
mastigando particularidades, quando por si mesma busca
concentrar a monotonia em palavras de resignação

Ronhely Pereira

Um comentário:

Angela disse...

O poema ficou muito intenso, surreal com fortes linhas concretistas; desde a primeira palavra visualizamos o murmúrio representando, quase como um ente, sentidos de aflição.
O início com todo e qualquer conferiu força. Já no segundo verso o murmúrio toma forma do averso e por isso o eu pede silêncio, o averso propõe o silencio. No andar, se o murmúrio se adapta e passa a representar outros aspectos, é inútil!, a angústia insiste. A sombriedade vai aumentado, o som põe fim às ilusões, até que, final cortante e indolente, é utilizado pelo ser como uma ferramenta contra ou pela monotonia!
Muito bom mesmo!